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Os MPE apelaram por um sistema central de gestão de asilo e por melhores propostas para controlo de armas de fogo e as grandes corporações defenderam as suas posições fiscais no PE.
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Texto e imagens: Wikipédia, a enciclopédia livre. Vídeo: Câmara Municipal de Braga Áudio: Spotify - Capella Duriensis
Origem histórica
Muito provavelmente a Semana Santa de Braga teve a sua origem histórica em finais do século IV d. C. Como outras, pressupõe a paz dada à Igreja pelo imperador Constantino, em 313, e as determinações do Concílio de Niceia sobre a celebração da Páscoa. O primeiro grande testemunho da celebração da Semana Santa em Jerusalém e do provável início da sua imitação em múltiplos outros lugares do mundo cristão é o livro de viagens Peregrinatio ad Loca Sancta ou Itinerarium ad Loca Sancta (Peregrinação / Itinerário aos Lugares Santos) ou ainda, simplesmente, Itinerarium Egeriae (Itinerário de Egéria)[2] escrito por uma tal Etéria ou Egéria[3] . Curiosamente, esta peregrina era uma mulher da Galécia, provavelmente mesmo da Bracara Augusta (hoje cidade de Braga), que fez a sua própria peregrinação à terra Santa entre 381 e 384. Terá sido este escrito, onde se descrevem pormenorizadamente as celebrações então feitas em Jerusalém, que inspirou celebrações semelhantes em outras partes do mundo[4] . Braga, por razões óbvias, pode bem ter estado entre as primeiras e ter sido mesmo um centro de irradiação[5] . Não se conhece a sua evolução histórica ao longo da Idade Média. Mas é provável que as suas configurações desde os princípios da Idade Moderna, de que se vão conhecendo documentos, tenham por detrás de si uma tradição já milenar.
Promoção e organização
A Semana Santa de Braga é promovida pelo Cabido da Catedral, em parceria com as Irmandades da Misericórdia e de Santa Cruz, com a Câmara Municipal de Braga, a Entidade de Turismo Porto e Norte de Portugal e a Associação Comercial de Braga. É organizada por uma Comissão constituída por representantes destas instituições e por algumas pessoas a título pessoal. Tem a colaboração da Paróquia e da Junta de Freguesia de S. Victor.
Preparação espiritual e cultural
A preparação espiritual no decurso da Quaresma inclui a Missa e a imposição das Cinzas na Sé Catedral, a abertura e a permanência do Lausperene quaresmal nas igrejas da cidade de Braga, conferências quaresmais pelo Arcebispo Primaz, três vias-sacras e três conferências quaresmais na Igreja de Santa Cruz, uma procissão de penitência ao Bom Jesus do Monte e uma celebração penitencial na Sé com ocorrência de confissões. A esta preparação espiritual acresce a ambientação cultural, com uma série de concertos de música religiosa, várias exposições temáticas e algum espectáculo sobre motivos da Paixão ou da Páscoa.
A Semana Santa dia-a-dia
Sábado antes de Ramos
Procissões e Via-SacraTrasladação do Senhor dos Passos
É um cortejo simples em que a imagem do Senhor dos Passos é transferida da Igreja de Santa Cruz para a de S. Paulo, de onde, no dia seguinte, sairá na Procissão dos Passos. Terminada esta procissão, segue-se a Via-Sacra popular, percorrendo oito “estações” ou “calvários” espalhados pela Cidade. Entre as estações o povo entoa um cântico popular muito antigo, conhecido por “cântico dos martírios”.
Procissão dos Ramos
Organizada pela Irmandade de Santa Cruz, percorre as ruas da Cidade de modo a passar por todos os “calvários”, onde estão representados os principais “passos” do caminho doloroso de Cristo. Na sua textura, oferece aos espectadores, em quadros alegóricos e encenação dramática, o mesmo que na Missa de Ramos foi lido no evangelho da Paixão. Nela desfilam as figuras que intervieram no julgamento, condenação e morte de Jesus: soldados, algozes e inimigos; mas também Cireneus amigos, Madalenas arrependidas e piedosas mulheres. O próprio Jesus, o “Senhor dos Passos”, levando a cruz às costas, atravessa as ruas da Cidade, como outrora percorreu as de Jerusalém. Junto à igreja de Santa Cruz, tem lugar o Sermão do Encontro e, no decurso deste, os ouvintes assistem ao comovente encontro de Jesus com sua Mãe Dolorosa, a “Senhora das Dores”.
Cortejo bíblico “Vós sereis o meu povo” (“Procissão de Nossa Senhora da burrinha”)
Organizado, desde 1998, pela Paróquia e pela Junta de Freguesia de S. Victor, este eloquente cortejo apresenta a pré-história do Mistério Pascal de Jesus que a Igreja celebra nos dias seguintes. Desde o chamamento de Abraão, passando pela era dos Patriarcas, pela escravidão no Egipto e gesta libertadora de Moisés (prefiguração de Cristo), até à infância de Jesus, incluindo a sua fuga para aquele país nos braços de Maria montada numa burrinha e acompanhada por José, desfilam, em sucessão cronológica e em verdadeira catequese viva, profetas, reis, figuras eminentes, símbolos e quadros bíblicos do Antigo Testamento. No essencial, assim é figurada a Aliança de Deus com o seu povo ― “Vós sereis o meu povo” ― e prefigurada a Nova Aliança que será selada com o sangue de Cristo.[6]
Procissão do Senhor “Ecce Homo” ou dos fogaréus
Organizada desde tempos antigos pela Irmandade da Misericórdia, esta procissão, em noite de Quinta-feira Santa ou das “endoenças”, evoca o julgamento de Jesus, ao mesmo tempo que celebra a misericórdia por Ele ensinada. Abre o cortejo o exótico grupo dos farricocos com as suas matracas e fogaréus. A imagem do Senhor “Ecce Homo” (ou “Senhor da cana verde”) representa o Cristo que se declarara rei e que o Pilatos pôs a ridículo pondo-lhe na mão um simulacro de ceptro (uma cana verde) e apresentando-o à multidão com as palavras “Eis aí o Homem!”. Além de muitas figuras alegóricas da Última Ceia e do julgamento de Jesus, desde 2004 incorporam-se na procissão alegorias das catorze obras de misericórdia, bem como figuras históricas ligadas à fundação e à história das Misericórdias, especialmente à de Braga. Desde há alguns anos incorporam-se também várias Irmandades da Misericórdia de diversos pontos do País.
Procissão Teofórica do Enterro
Nesta impressionante procissão, interior à Catedral e própria do Rito Bracarense, na tarde de Quinta-feira Santa, depois de celebrada a morte de Jesus que todavia se acredita vivo, o Santíssimo Sacramento, encerrado num esquife coberto de um manto preto, é levado, do “Horto” em que estivera desde o dia anterior, pelas naves da Catedral – daí o nome de procissão teofórica (= que transporta Deus) – e deposto em lugar próprio para a veneração dos fiéis. Os acompanhantes cobrem o rosto em sinal de luto. Dois meninos ou duas senhoras, alternando com responsórios do coro, cantam em latim: “Heu! Heu! Domine! Heu! Heu! Salvator noster!” (Ai! Ai! Meu Senhor! Ai! Ai! Salvador nosso!).[7]
Procissão do Enterro do Senhor
Organizada pelo Cabido da Catedral, Irmandades da Misericórdia e de Santa Cruz e Comissão da Semana Santa, esta imponente procissão ― de todas a mais solene e comovente ― leva pelas ruas da Cidade o esquife do Senhor morto. Acompanham-no aquelas e outras irmandades, cavaleiros das Ordens Soberana de Malta e do Santo Sepulcro de Jerusalém, Capitulares da Sé e numerosas autoridades. Vão também os andores da Santa Cruz e da Senhora das Dores. Em sinal de luto, os Capitulares e os membros das Confrarias vão de cabeça coberta. Para mostrar a sua dor, as figuras alegóricas ostentam um véu de luto. As matracas dos farricocos vão silenciosas. As bandeiras e estandartes, com tarja de luto, arrastam-se pelo chão.
Procissão da Ressurreição
Própria do Rito Bracarense, esta procissão interior leva pelas naves da Catedral a Hóstia branca retirada da urna onde estivera e ostentada numa custódia. Terminada a procissão, como Cristo ressuscitado e vivo, abençoa todos os fiéis, que dele se despedem cantando “Ressuscitou! Ressuscitou! Ressuscitou!”, bem como o Regina Coeli, laetare (Rainha dos Céus, alegrai-vos), em modo de parabéns àquela que de Senhora das Dores se transformou em Senhora da Alegria.
Particularidades e curiosidades
Lausperene quaresmal
A cidade de Braga conserva esta antiga tradição de, no decurso da Quaresma, todos os dias expor à adoração dos fiéis o Santíssimo Sacramento, desde o princípio da manhã até ao fim da tarde, passando sucessivamente de igreja para igreja. É uma devoção instituída em 1710 pelo Arcebispo D. Rodrigo de Moura Teles; e muito assumida, quer pelas igrejas que se esmeram na arte do adorno floral das suas tribunas e altares, quer pelas muitas pessoas crentes, de todas as idades e condições, que acorrem a visitar o Senhor exposto.
“Calvários”
São oito quadros representativos de outros tantos “passos” de Cristo no caminho do Calvário. Estão espalhados por vários locais da Cidade de Braga e são propriedade da Irmandade de Santa Cruz. Fechados ao longo do ano, abrem-se na Semana Santa, decorados com arbustos e flores.
Decoração da Cidade
Em todo o mês que precede a Páscoa, a Cidade de Braga, mormente no centro histórico, é artisticamente decorada por arcos de rua, pendões, painéis e outdoors. Desde 2004, o estilo popular destas decorações foi substituído por um estilo de design mais elaborado e erudito, substituindo o mais tradicional, de gosto popular que, nos tempos mais recentes, teve como autor o bracarense Mestre José Veiga.
Farricocos e fogaréus
Os farricocos são figuras exóticas, grosseiramente vestidas de túnicas negras (“balandraus”) cingidas por uma corda, encapuçadas com pano idêntico tendo dois buracos em frente dos olhos, com uma coroa de sisal circundando a cabeça e descalças. Trata-se de um modo de trajar que é um sinal de penitência, inspirado no Antigo Testamento (cf. Jn 3,8) e que provém das antigas “procissões de penitência”. Na Quinta-feira Santa percorrem as ruas da Cidade fazendo funcionar as suas matracas ou “ruge-ruge”, espécie de máquinas de fazer ruído, em madeira, montadas no topo de varas negras e que aqueles fazem girar sobre um eixo, provocando a curiosidade e o espanto das pessoas. Na Procissão do “Ecce Homo” os farricocos vão à frente, abrindo o cortejo, uma parte deles com as matracas que de vez em quando fazem ouvir, outra parte empunhando fogaréus. Assim fazem memória dos tempos em que andavam pelas ruas a chamar os “pecadores públicos” à “endoença” ou perdão da Igreja[8] . O seu modo de trajar, por um lado, é sinal de penitência, e, por outro, serve para os esconder no anonimato[9] . Na Procissão do Enterro do Senhor vão também a abrir o cortejo, mas em silêncio e arrastando pelo chão as matracas e os fogaréus apagados. Os fogaréus são taças metálicas alçadas em altas varas negras e contendo pinhas a arder em grandes labaredas. Acompanham-nos alguns farricocos com cestas de pinhas para ir renovando o fogo. No seu conjunto são figuras tão exóticas e impressionantes que se tornaram, para muita gente, uma espécie de ex-libris da Semana Santa de Braga.
Visita Pascal
É um costume muito enraizado no norte de Portugal, este de, no Domingo de Páscoa, um grupo de pessoas (“Compasso”), sempre que possível presidido por um sacerdote, com trajes festivos e partindo da respectiva igreja paroquial, se dirigir com a Cruz enfeitada aos lares cristãos a anunciar a Ressurreição de Cristo e a abençoar as suas casas. Soam campainhas em sinal de júbilo, fazem-se tapetes de flores pelas ruas e caminhos, estrelejam foguetes no ar.
Em algumas zonas da cidade, como na Cónega (Rua da Boavista) a visita pascal realiza-se na Segunda-feira de Páscoa, à semelhança de várias localidades minhotas, sendo acompanhada por uma imponente fanfarra. A responsabilidade das festividades é atribuída a um mordomo. A visitar
Além dos monumentos, jardins e ruas do centro histórico da cidade de Braga, recomenda-se aos forasteiros, muito especialmente, uma visita ao santuário do Bom Jesus do Monte. Obra grandiosa do arquitecto Carlos Amarante, começada em 1784 e concluída em 1811, conjunto único no mundo, como arranjo artístico de montanha – arquitectónico, escultórico e paisagístico –, obra prima do barroco bracarense, candidata a “património mundial”, o Bom Jesus do Monte constitui um testemunho ímpar da devoção à Paixão de Cristo. Com as capelas do seu monumental escadório a apresentarem escultoricamente as estações da via sacra, a culminar no belíssimo templo com o cenário da crucifixão no seu retábulo e a concluírem com as estações da via luminosa dos mistérios do Ressuscitado, este conjunto foi pensado pelo Arcebispo D. Rodrigo de Moura Teles precisamente para fixar plasticamente aquela devoção.
Semana Santa Braga 2016
Foi apresentada, dia 26 de Janeiro, a Semana Santa de Braga 2016.
O programa procura ser um contributo para que a Quaresma e a Semana Santa sejam melhor vividos pelos Bracarenses e por aqueles que nos visitam, pelo que tem diversas vertentes a sublinhar: As celebrações religiosas, que marcam o ritmo; os concertos musicais, que procuram ser um contributo para a promoção cultural e artística da nossa região; as exposições, que ajudam a redescobrir aspectos e pormenores das nossas tradições e ajudar à sua leitura e enquadramento dentro da riqueza das nossas tradições. Sítio Oficial da Semana Santa de Braga Rito bracarense
O rito bracarense consiste num antigo mas não extinto rito litúrgico latino, ou seja, um rito litúrgico ocidental da Igreja Católica. Este rito é utilizado principalmente pela Arquidiocese de Braga em Portugal, daí o nome do rito.
O rito bracarense é semelhante ao romano. Durante a reforma litúrgica tridentina, Braga pôde manter os seus livros e ritos litúrgicos, por terem mais de duzentos anos, conforme garantiu a bula Quo Primum Tempore, de São Pio V, datada de 14 de julho de 1570; e pelo cuidado que teve nisso o Arcebispo D. Frei Bartolomeu dos Mártires; depois de alguns conflitos resultantes da tentativa de introduzir o rito romano, o bracarense foi restaurado pelo Sínodo de 1918: os novos breviário e missal, aprovados por bulas de 1919 e 1924 respectivamente, tomaram-se obrigatórios em toda a Arquidiocese em 1924. O rito bracarense permanece válido, mesmo depois da reforma litúrgica do Concílio Vaticano II, mas o seu uso tomou-se facultativo, aquando desta última reforma, em 18 de Novembro de 1971. Ver também
Ligações externas"Musica Sacra de Portugal", dedicado ao "Rito Bracarense" - Capella Duriensis
Origem
Texto e imagens: Wikipédia, a enciclopédia livre Vídeo: Câmara Municipal de Miranda do Douro Asturo-leonês
Língua asturiana
O asturiano é uma língua românica pertencente ao subgrupo linguístico asturo-leonês falada em parte do noroeste da Península Ibérica. Também é chamada bable. Tem cerca de cem mil falantes nativos, mais cerca de 450 mil que o usam como segunda língua, sendo capazes de falá-la e entendê-la.
É circunscrita ao principado de Astúrias, excepto a parte mais ocidental onde se fala galego, e a parte ocidental de Cantábria. Pertence ao grupo linguístico asturo-leonês. No século X o centro da Reconquista se deslocou das Astúrias para Leão e à medida que a reconquista se deslocava para o sul o asturiano se distanciava da língua da corte, o leonês, que alcançou alto grado de codificação.[1] O ramo mais meridional do asturiano-leonês é o extremenho (castúo). Na literatura filológica fala-se do asturiano como dialecto do leonês.[2] [3] [4] Dialetos
Comparação dialectal
O "Pai Nosso" nos três dialectos:
Ocidental Pai nuesu que tás en cielu, sentificáu seya´l tou nome. Amiye´l tou reinu, fáigase la túa voluntá lu mesmu na tierra comu´n cielu. El nuesu pan de tolus días dánuslu guoi ya perdónamus las nuesas ofensas lu mesmu que nós facemus conus que mus faltoren. Ya nun mus deixes cayere na tentación ya llíbramus del mal. Amén. Central Padre nuesu que tas en cielu, santificáu seya'l to nome. Amiye'l to reinu, fáigase la to voluntá lo mesmo na tierra qu'en cielu. El nuesu pan de tolos díes dánoslo güei y perdónamos les nueses ofenses lo mesmo que nós facemos colos que mos faltaren. Y nun mos dexes cayer na tentación, y llíbramos del mal. Amén. Oriental Padre nuestru que tas en cielu, santificáu seya´l tu nome. Amiye´l tu reinu, h.ágase la tu voluntá lu mesmu ena tierra qu´en cielu. El nuestru pan de tolus días dánuslu güei y perdónanus las nuestras tentaciones lu mesmu que nosotros h.acemus colus que nus faltaren. Y nun nus dexes cayer ena tentación, y líbranus del mal. Amén. Plurilinguismo
O asturiano é distinto do espanhol. Há aproximadamente 80% de inteligibilidade com o espanhol — o suficiente para provocar uma ruptura na capacidade comunicativa. Nas zonas rurais isoladas, o espanhol é usado em ocasiões formais e com estrangeiros, nomeadamente pela população mais idosa. Durante um discurso formal, é comum ouvir frases formadas por palavras castelhanas misturadas com palavras asturianas, usando a gramática asturiana, que se assemelha mais à portuguesa que à gramática espanhola, isto passa-se pela afinidade linguística.
Alfabetização
De acordo com a Lei 1/1998, de 23 de março de 1998, de uso e promoção do bable/asturiano no exercício de suas competências, o Principado de Astúrias garantirá o ensino do bable/asturiano em todos os níveis e graus, respeitando não obstante a vontade de sua aprendizagem. Em todo caso, o bable/asturiano deverá ser inserido dentro do horário escolar e será considerado como matéria integrante do currículo. Em outras palavras, é voluntário para o alunos estudá-la, mas é obrigatório para a escola oferecê-la.
Referências
Língua leonesa
O leonês (Llionés)[1] [2] (denominado nas falas tradicionais como cabreirés[3] , senabrés, paḷḷuezu[4] [5] ) é o termo usado para fazer referência ao conjunto de falas românicas vernáculas no bloco ocidental do domínio linguístico ásture-leonês (que abarca também os dialetos do ocidente asturiano e a língua mirandesa, própria de Miranda do Douro) no norte e oeste da região histórica de Leão (atualmente províncias de Leão, Samora [6] [7] [8] e Salamanca - embora nesta última não existam, atualmente, quaisquer falantes de leonês) e em algumas áreas adjacentes em território português. O leonês difere dos dialetos agrupados sob o asturiano [9] , embora não haja uma divisão clara em termos puramente linguísticos. Estima-se que os falantes de leonês rondem atualmente 20,000 a 50,000 indivíduos[10] [11] . As partes mais ocidentais das províncias de Leão e Samora pertencem ao território do diassistema galego-português, embora exista continuidade entre os dialetos dos dois domínios linguísticos.
Os dialetos leonês e asturiano são desde há muito reconhecidos como constituintes de um único diassistema linguístico, chamado atualmente de ásture-leonês pela maior parte dos estudiosos mas denominada anteriormente como leonês. Durante a maior parte do século XX, linguistas como Ramón Menéndez Pidal (no seu estudo "Sobre el dialecto leonés" [12] ) referiam-se ao leonês como uma língua ou dialeto histórico descendente do latim, abrangendo dois grupos: por um lado, os dialetos asturianos e, por outro, certos dialetos falados nas províncias de Leão e Samora em Espanha, juntamente com um dialeto relacionado, em Trás-os-Montes [9] [13] [14] . O leonês carece de normas ortográficas reguladas oficialmente. Várias associações propuseram uma norma própria para o dialeto, diferenciada das já existentes no domínio linguístico ásture-leonês (como o asturiano, regulado pela Academia de la Llingua Asturiana, ou o Anstituto de la Lhéngua Mirandesa, que regula o mirandês), enquanto que outras associações e escritores propõem seguir as normas ortográficas da Academia de la Llingua Asturiana. Topónimos e outro vocabulário relacionado com a linguagem ásture-leonesa mostram que os seus traços linguísticos possuíram uma maior extensão geográfica no passado, incluindo partes das províncias de Leão, Samora e Salamanca, Cantábria, Estremadura e até a província de Huelva, em grande parte devido à expansão do Reino de Leão no território peninsular. Derivado do latim, foi sendo implantado como a língua usada tanto a nível público como a nível privado nos territórios do Reino de Leão até que foi sendo progressivamente substituída pelo espanhol [15] , ficando praticamente reduzida ao uso oral após a união dos reinos de Leão e de Castela, onde a língua castelhana adquiriu um papel predominante. Após vários séculos relegada a um segundo plano, no século XIX iniciou-se a sua recuperação, consolidada ao longo do século XX com autores como Eva González Fernández e especialmente nos primeiros anos do século XXI com uma nova geração de escritores aos que se juntam diversos estudos sociolinguísticos, em simultâneo com várias associações culturais e instituições (sendo reconhecida no Estatuto de Autonomia de Castela e Leão) que promovem o seu uso e difusão[16] . A UNESCO catalogou o diassistema ásture-leonês como estando em perigo de extinção e recomenda a sua preservação [17] . Território e falantes
A língua leonesa e outras línguas romances
Referências
Bibliografia
Ligações externas
Língua mirandesa
A língua mirandesa é um idioma pertencente ao grupo asturo-leonês (ocidental), com estatuto de segunda língua oficial em Portugal, reconhecida oficialmente em 1999 e assim protegida. É falada por mais de 7 000 pessoas e por menos de 10 000, no concelho de Miranda do Douro e nas freguesias de Angueira, Vilar Seco e Caçarelhos, no concelho de Vimioso, num espaço de 484 km², estendendo-se a sua influência por outras freguesias dos concelhos de Vimioso, Mogadouro, Macedo de Cavaleiros e Bragança.
O mirandês tem três subdialetos (central ou normal, setentrional ou raiano, meridional ou sendinês); os seus falantes são em maior parte bilíngues, trilíngues ou até mesmo quadrilingues falando muitos deles o mirandês, o português e o castelhano, e até por vezes o galego. Os textos recolhidos em mirandês mostram a envolvência de traços fonéticos, sintácticos ou vocabulares das diferentes línguas; o português é mais cantado pelos mirandeses, porque é considerado língua culta, fidalga, importante. Situação actual
A língua mirandesa, tal como já foi referida anteriormente, é falada por, sensivelmente, 7 000 a 10 000 pessoas no extremo nordeste de Portugal, sendo desde 1999 a segunda língua oficial do país. A preservação da língua mirandesa deve-se à geografia e ao isolamento das designadas Terras de Miranda. Os rios ou cordilheiras são muitas vezes factores cruciais para a criação de uma "fronteira linguística". No caso das Terras de Miranda, o rio Sabor teve uma influencia, que convém realçar, isolando a área da influência da língua portuguesa. Outro factor para a preservação da língua é a proximidade e a acessibilidade a Espanha, tendo assim um comércio virado para o turismo espanhol, uma actividade crucial na cidade de Miranda do Douro. Convém realçar que Miranda do Douro tem uma grande vertente comercial destinada aos espanhóis que outrora faziam parte do Reino de Leão, isto é, que ainda, muitos deles, falam o asturiano, língua de origem do mirandês. Isto fez com que o mirandês chegasse aos nossos dias quase intacto, a acessibilidade e o contacto constante a uma Espanha que fala, essencialmente, o asturiano e um isolamento face ao português. Há muitos anos que o mirandês não se falava no coração da comarca, Miranda do Douro, mas nos últimos anos, devido à deslocação das pessoas das aldeias para a cidade, trouxe o mirandês de volta, isto porque nas aldeias era onde se conservava o mirandês e este êxodo rural trouxe a língua mirandesa novamente à cidade. A língua mirandesa está numa situação de diglossia, isto é, quando duas línguas coexistem mas uma prevalece sobre a outra, por razões extra-linguísticas. Neste caso o português tem conquistado os habitantes das Terras de Miranda pelo seu prestígio e difusão global. A atitude dos falantes em relação à sua língua autóctone também leva a uma relação de diglossia. Como exemplo, temos "Lição de Mirandês: You falo como bós i bós nun falais como you" de Manuela Barros Ferreira (do Centro de Linguística da Universidade de Lisboa) em que é evidente a desvalorização da língua mirandesa face ao português. Segundo os entrevistados (pp. 150) não falam o mirandês quando estão em situações formais, como por exemplo, a relação professor-aluno (como é o caso do entrevistado) é, duma forma geral, a língua portuguesa que prevalece. Têm também alguns complexos com a língua, reservando-a a contextos mais familiares, do quotidiano ou mesmo contextos de extrema intimidade. Todos estes factores levam a língua a uma situação de diglossia.[1] [2]
Medidas de defesa
O mirandês é ameaçado actualmente pelo desenvolvimento, a vida moderna, a televisão, e as pressões do português e do castelhano. Em sua defesa, foram tomadas as medidas:
Fonologia
Características comuns ao português, ao galego e ao asturo-leonês ocidental (origem linguística da língua mirandesa):
Texto amostra
Segue-se um texto amostra em língua mirandesa publicado no jornal Público, a 24 de Julho de 2007. Para comparação, apresentam-se as traduções do texto para leonês, asturiano, português e castelhano.
Referências
Bibliografia
Ligações externas
UE Resumo PE - Negociações entre UE e Turquia sobre refugiados e a ambiciosa agenda social europeia11/3/2016
Origem: EuroparlTV
A parceria com a Turquia assenta na parceria e não na dependência da Turquia. Este acordo não deve servir para mercantilizar a vida dos refugiados. Os inimigos não são os refugiados que fogem da guerra, conflito e perseguição, são os traficantes de pessoas. Sabem o que fazemos? Já não alteramos Dublin, o que decidimos foi inserir a Turquia no Sistema Dublin, em vez de alterar o sistema e fazer uma partilha justa entre os Estados-Membros da UE.
É a falência moral estender a passadeira vermelha, em vez de condená-lo, a um regime que sujeita a justiça e a Polícia aos atos punitivos de um homem, que cala e aprisiona a imprensa livre, desqualifica a oposição democrática e relança a guerra civil e bombardeia o próprio povo para vencer eleições. Deparamo-nos com a maior crise migratória e de refugiados desde o final da Segunda Guerra Mundial. É assim evidente que este 8 de março em específico, de 2016, deva ser dedicado às mulheres afetadas por esta crise. Construir muros e cercas para afastar as pessoas não é uma solução, só aumentará o sofrimento das pessoas que já sofreram o inenarrável. Raramente houve tanta gente deslocada como há agora, no mundo, mas raramente tão poucos países europeus se prepararam para agir. Stefan Löfven, tome a iniciativa e faça uma boa coligação com outros países, mostre liderança e diga quais os países que se opõem no Conselho. Uma Europa social AAA requer uma crescimento justo e equilibrado que leve à criação de empregos decentes e de qualidade. A situação social na UE necessita de uma notação social AAA urgentemente. A pobreza na Europa atingiu níveis tais que um quarto da população vive abaixo ou no limiar de pobreza da OCDE. Há que promover os valores de livre circulação que a UE defende. Há que aumentar o destacamento na UE, não reduzir. O princípio da remuneração, para defesa dos trabalhadores, vai além do que consta da diretiva original, que refere "salário", o que poderá ter um impacto adverso nas empresas mais pequenas. Um objetivo deste novo programa é combater a obesidade infantil e melhorar a saúde das crianças. |
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